COM INFORMAÇÕES DO G1
Porto simboliza um passo importante para a esperada abertura de mercado.
Brasil financiou 80% da obra e já anuncia novo empréstimo.
Presidente Dilma Rousseff inaugurou nesta segunda-feira (27) um projeto de prestígio para a ditadura comunista em Cuba. Financiado pelo BNDES.
A ilha dos Castros, durante anos avessa à modernidade, de repente tem o maior porto do Caribe. O terceiro da América Latina, perdendo só para Brasil e México. É o sinal dos tempos em Cuba.
O Porto de Mariel, que está a 130 quilômetros de Miami, tem logística e infraestrutura "interoceânica", aberta ao Atlântico e com
saída para o Pacífico através do canal do Panamá.
Este porto simboliza a porta da reforma do socialismo que vem sendo anunciada pelo Presidente Raul Castro. É um passo importante para a esperada abertura de mercado. É o que eles chamam de atualização do modelo econômico.
O Brasil tem interesse nessa nova Cuba. Não só financiou 80% da obra, de quase US$ 1 bilhão, como já anunciou um novo empréstimo do BNDES para a construção da zona especial de desenvolvimento, com logística e infraestrutura para instalação de empresas e armazéns.
A Presidente Dilma Rousseff se reuniu com Raul Castro, no Palácio da Revolução, em Havana. O Brasil quer mais médicos cubanos, equipamentos de saúde e vacinas. Além, é claro, de ter interesse em vender quase tudo para a ilha - o único lugar no Caribe sem concorrência dos Estados Unidos, que há mais de 50 anos mantêm embargo a Cuba.
“O Brasil acredita e aposta no potencial humano e econômico de Cuba. Mesmo submetido a um injusto embargo econômico, Cuba gera um dos três maiores volumes de comércio do Caribe”, disse a Presidente Dilma.
O Ministro das Relações Exteriores, que acompanha a Presidente Dilma em Cuba, falou sobre a parada da comitiva presidencial em Lisboa, no sábado (25). Luís Alberto Figueiredo afirmou que foi uma escala técnica porque o avião presidencial não tinha autonomia para voar de Zurique para Havana.