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Durante dois blocos do ‘Gazeta Entrevista’ da última terça-feira, 17, a procuradora-geral de Justiça, Patrícia Rêgo, fez avaliação dos dois anos que permaneceu à frente do Ministério Público Estadual. Ela é a segunda mulher a ocupar o cargo máximo da instituição em meio século de existência.


Patrícia não tentou a reeleição e explicou o motivo: “Há tempo para tudo. Dei minha contribuição e temos que dar espaço a outros. A renovação é necessária.” A procuradora-geral afirmou que foram dois anos desgastantes, principalmente na área familiar.

A procuradora também falou que a gestão foi marcada pela crise financeira e por recursos limitados, que sempre chegavam ao fim em agosto e precisava de suplementações do executivo.

O projeto MP na comunidade ganhou destaque pela procuradora-geral. Em duas edições realizadas na capital, mais de duas mil casas foram visitadas pelo órgão. “A gente também fortaleceu o centro de atendimento ao cidadão. Foram mais de 20 mil atendimentos em dois anos”, enfatizou.

Questionada pelo jornalista Alan Rick sobre o maior legado a frente do MP, Patrícia destacou o aumento de repasse de 2,5% para 4%. “Não existe Ministério Público forte e independente sem independência financeira”, argumentou.

Operações Delivery, Telexfree e G-7
“Maior operação em defesa da dignidade sexual da criança e adolescente. Acabamos com uma rede que atuava há vários anos”, comenta sobre a ‘Delivery’. Patrícia disse estar satisfeita com a atuação do Ministério a frente do caso que envolveu pessoas conhecidas da sociedade.

Já em relação à Telexfree, ela disse que o caso foi para fechar o ano com chave de ouro. Segundo a procuradora-geral, não restam dúvidas. “Os promotores [que participam da investigação] estão 100% convictos que é uma pirâmide”, expõe.
Rêgo ainda comentou a postagem em uma rede social da suposta morte da promotora Alessandra Marques. “Aquilo me feriu de morte. Não se brinca com este tipo de coisa. O Ministério Público está investigando e vai dar uma resposta pedagógica à sociedade”, ressaltou.

Ao falar da operação G-7, Patrícia Rêgo fez críticas à atuação da Polícia Federal. Afirmou que foi um momento de crise na instituição. “Fomos pego de surpresa com o desfecho”, informou. Ela ainda questionou a falta de consulta ao órgão e disparou: “Não tenho o G-7 como operação do Ministério Público.”

As informações e imagem são do site Agazeta.net, por Wesley Moraes.

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