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Dirceu ainda teria que auxiliar as pessoas nas pesquisas e cuidar da administração por um salário de R$ 2.100. O petista terá a mesma carga horária dos outros empregados, expediente das 8h às 18h com intervalo para almoço entre 12h e 14h. O pedido foi encaminhado para Vara de Execuções Penais (VEP), mas a resposta só deve sair no ano que vem já que a justiça entrou em recesso na ultima sexta-feira (20) e só volta no dia 06 de janeiro.
O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, preso no presídio da Papuda, em Brasília, desde novembro pela condenação por corrupção ativa no julgamento do mensalão, aceitou uma nova oferta de emprego para poder começar a cumprir sua pena em regime semi-aberto. O cargo foi oferecido pelo advogado José Gerardo Grossi que pretende que o novo funcionário cuide de uma biblioteca em seu escritório de advocacia com mais de dois mil livros jurídicos.
A defesa de Zé Dirceu pediu prioridade na análise devido à idade do cliente, 67 anos, mas antes da decisão do juiz ele terá que passar por uma avaliação psicossocial para ver se tem condições de voltar às ruas. Se tudo der certo Dirceu não deverá receber o salário integralmente, pois o magistrado que irá julgar o pedido pode determinar que parte deste dinheiro seja retida para pagar os gastos do governo para manter o ex-ministro preso e abater da multa de cerca de R$ 200 mil que a ele foi imposta pelo mesmo processo no STF.
Essa nova oferta aceita por José Dirceu tem uma remuneração bem inferior a primeira feita, onde receberia R$ 20 mil mensais para a função de gerente administrativo do hotel Saint Peter. O petista desistiu do emprego alegando que a ajuda que havia recebido de amigos estava prejudicando os proprietários do hotel e todos os funcionários, na época foi repercutida na internet uma campanha para que ninguém mais se hospedasse por lá enquanto Dirceu estivesse no quadro funcional, além de ter sido veiculada algumas transações suspeitas na compra do Saint Peter pelo atual grupo.
O advogado José Gerardo Grossi é bem conceituado no Distrito Federal, já defendeu alguns nomes importantes da política como José Roberto Arruda, Antônio Carlos Magalhães e Chico Lopes entre outros. Hoje em dia cuida da defesa do ex-presidente Lula num processo junto a Justiça Eleitoral e a do deputado federal pelo PSDB, Eduardo Azeredo, nas acusações que caem sobre ele com relação ao mensalão mineiro.
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