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A jornalista da Economist, a TIM e a infraestrutura precária do país.


Com informações da VEJA.
Helen explicou que, ao ir a uma loja da TIM para pedir explicações sobre a má qualidade do serviço, a atendente, “sorridente”, de acordo com o relato, informou não só que a empresa havia fechado muitos contratos no ano e que isso deixava a rede sobrecarregada sempre, como também disse que levaria alguns anos para a companhia conseguir ajustar sua infraestrutura ao número de novos consumidores. Diante disso, a jornalista tomou a decisão de trocar seu número pelo de uma operadora concorrente, fazendo a chamada “portabilidade”.


Mas, segundo seu relato, foi aí que a saga começou. Depois de ela e sua assistente acumularem 20 protocolos de ligações e passarem 15 horas em lojas da operadora para tentar transferir seus números (Helen tinha mais de uma linha), a jornalista finalmente conseguiu fazer a troca, ainda que tenha ficado quase sem acesso móvel a e-mails por um mês.
Mas as dores de cabeça não pararam por aí. Por seis meses, ela recebia contas da TIM referentes às linhas que já tinham sido transferidas e chegou até a ameaçar entrar com um processo contra a operadora se o problema não fosse resolvido. Mesmo assim, três novas cobranças chegaram à sua casa. “Cada uma das operadoras falou que o problema de dupla-cobrança era de sua concorrente”, conta a jornalista.
Depois dos transtornos com a dupla cobrança, a jornalista pediu o cancelamento da conta da TIM — ainda ativa porque porque a portabilidade ainda não estava resolvida. Contudo, mesmo depois do cancelamento, a linha continuou funcionando, o que mostrava que o erro de cobrança era da TIM, e não da concorrente. Cinco meses depois de achar ter se livrado do problema, Helen recebeu outra fatura da TIM — e descobriu que a operadora jamais cancelara sua linha. Depois de inúmeros telefonemas, a operadora “concordou” em cancelar a linha sem cobrar nenhuma multa. “O que parece uma história chocante para estrangeiros é, infelizmente, familiar para brasileiros. O serviço de telefonia móvel do país é muito caro e pouco confiável”, escreveu Helen.

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